Visconde de Mauá e seus arredores estavam na nossa lista de desejos há um tempo. Apesar da proximidade com o Rio, ainda não tínhamos visitado. Até que um casal de amigos aventureiros que conhecemos na nossa viagem para o Jalapão montou um roteiro incrível pelas cachoeiras entre Visconde de Mauá, Itatiaia e Resende e nos convidou para um final de semana nesse “wet’n wild natural”.
Fizemos todo o roteiro de carro. Isso nos deu bastante liberdade para chegar e sair mais rápido para curtir a grande quantidade de cachoeiras. Recomendamos que, se você não tiver carro, reúna um pessoal e alugue um. Acreditamos que terá um ótimo custo benefício, principalmente se dividir entre 4 ou 5 pessoas. E aproveitando, segue uma dica muito importante: passamos por trechos BEM castigados de estrada. Por isso aconselhamos fortemente que faça esse roteiro com um carro que seja alto. Não necessariamente um 4×4, mas um que aguente estrada de terra com muitos e muitos altos e baixos.
Resumo do roteiro:
– Dia 1: Cachoeiras do Poço do Céu, Poço do Dinossauro e Poço Turmalina na Serrinha do Alambari > Cachoeira do Marimbondo > Cachoeira do escorrega e Poção dos 7 metros em Maromba
– Dia 2: Cachoeira da Santa Clara > Circuito do Vale do Alcantilado
Dia 1 – roteiro de final de semana em Visconde de Mauá
Saímos do Rio pela Rodovia Presidente Dutra em direção à Visconde de Mauá às 6h da manhã em ponto. Nossos amigos Adriana e Hugo já nos esperavam na portaria do prédio desde às 5:50h. Levamos alguns lanches no carro com o objetivo de não parar na estrada. Foram em torno de 3:30h até a nossa primeira parada do dia:
Serrinha do Alambari
O acesso à Serrinha do Alambari seria totalmente tranquilo se não fosse pelas estradas super castigadas. Na calma e sem pressa tudo se resolve. Mas tivemos vários momentos de emoção principalmente subindo ladeiras bem esburacadas no nosso carrinho padrão 1.4. Vá com cuidado e preparado para esse desafio e estará tudo certo!
Seguimos para os poços mais famosos da região: Poço do Céu, Poço do Dinossauro e Poço Turmalina. Por estarem localizados em um parque dentro de uma área de preservação, a entrada é controlada e é cobrado o valor de R$35,00 por pessoa. O parque conta com um infraestrutura básica, com estacionamento e banheiros localizados no início da trilha. Levamos uns 20min de caminhada leve e tranquila do estacionamento ao primeiro poço, o do Céu. Entre as duas próximas cachoeiras também tem trilhas pequenas de uns 5 a 10min.
O dia estava lindo e isso animou bastante o pessoal a visitar os poços tanto quanto a gente. Adriana e Hugo disseram que nunca viram tão cheio e eles já estavam fazendo esse roteiro pela terceira vez. Mas isso não fez a nossa experiência menos maravilhosa! A beleza natural dessas cachoeiras nos deixou de queixo caído e a cor super azul das águas é impressionante. Eu fiquei especialmente encantada pelo Poço Turmalina que é um pouco mais fechado e por isso tem um ar mais de “tesouro” no meio da mata. Além disso, seguindo um pouco abaixo dele, dá para sentar e se deliciar com pequenas quedas d’água entre as pedras grandes do rio. Sentar em uma “poltroninha” de pedras, com a água corrente nas costas, um sol gostoso da manhã e ficar só admirando o entorno repleto de borboletas e canto dos passarinhos foi um presente e tanto.
A temperatura da água é realmente bem gelada (e eu que sou friorenta, não consegui ficar por tanto tempo completamente dentro d’água). Nossa escolha de fazer esse roteiro no auge do verão foi justamente para conseguir aproveitar a água e ter como nos aquecer novamente no sol forte (perfeito).
Nossa vontade era continuar por ali no paraíso, mas logo em seguida tínhamos outros à espera. Entramos no carro por volta de 12h, comemos nossos sanduíches caprichados e seguimos viagem para Maromba, onde estavam mais 3 cachoeiras. Infelizmente a primeira delas, que seria a do Marimbondo, acabamos desistindo de ir. Preferimos não forçar nosso carro na estrada que já é famosa por ser bem difícil de acessar. Fomos até a metade do caminho, mas uma das ladeiras estava muito complicada e para completar avistamos uma nuvem bem carregada logo acima. Demos meia volta e seguimos para Maromba, onde ficamos hospedados. Aproveitamos para deixar o carro, fazer nosso check in, deixar as mochilas e seguimos então a pé por 6km (ida e volta) para as 2 cachoeiras restantes do dia.
Cachoeira do Escorrega
A cachoeira do escorrega é uma das mais conhecidas da região, fica bem na divisa entre o Rio de Janeiro e Minas Gerais e é famosa por suas águas BEM geladas. O acesso é super fácil, praticamente sair da estrada e se jogar na água, e o poço é bem largo e profundo. Ou seja, uma combinação perfeita para atrair bastante visitantes. E bem, como o nome já diz, a água desce por uma formação de pedras bem inclinada e o pessoal aproveita para pegar carona junto e escorregar até o poço. Essa eu pude concordar plenamente que a temperatura da água é hiper gelada. Meus pés deram um mergulho e só.
Cachoeira do Poção dos Sete Metros
No nosso caminho de volta para a pousada, descendo novamente a vila de Maromba, paramos para ver a cachoeira do Poção dos Sete Metros. Assim como na do escorrega, chegar é muito tranquilo: existe um pequeno acesso no meio da calçada, onde você desce alguns degraus de trilha fechada e em 3min avista o poço a partir de uma pedra que está a 7m de altura da água (tcharãm!). O pessoal aventureiro só continua reto e cai da pedra direto na cachoeira. Mas se você é daqueles que gosta de entrar aos poucos (como eu), pode descer um pouquinho mais a trilha e ficar no nível da água.
A noite, aproveitamos para conhecer a Alameda gastronômica de Maringá e fomos no Cogumelo Bistrô. Um restaurante que tem a própria produção de cogumelos e o cardápio tem variações incríveis de prato com esse ingrediente maravilhoso! Pasmem, tem até cerveja de cogumelo, que amamos. Experimentamos a moqueca de cogumelos e truta e o bobó de cogumelo. Provamos também uma cachaça de Jambu – uma planta que deixa a boca dormente. A sensação fica para vocês conferirem pessoalmente! Fora os pratos deliciosos, o ambiente que é ultra charmoso.
Dia 2 – roteiro de final de semana em Visconde de Mauá
Acordamos com calma, às 8h, tomamos o café da manhã INCRÍVEL da Pousada da Carmen, e seguimos para um dia (ainda mais) cheio de cachoeiras.
Cachoeira da Santa Clara
Uma das maiores cachoeiras que fomos desse roteiro, fica na estrada entre Visconde de Mauá e Maromba. Estava também bem cheia de gente, o que parece que é comum, já que ela é bem conhecida na região. O visual é lindo, a cachoeira se desmancha em um rio que segue por mata fechada. Na hora que fomos, por volta de 10:30h, a luz filtrada pelas folhas das árvores deixava tudo ainda mais bonito.
A estrada de terra é menos castigada do que a da Serrinha do Alambari, mas ainda assim, com emoção. Vaga de carro por lá é concorrida. Tivemos que parar um pouco distante, na estrada mesmo. Carros grandes tem dificuldade de parar, já que a estrada é relativamente estreita, mas vimos vários que conseguiram ficar em pontos mais largos da pista.
Vale do Alcantilado
Ainda sem palavras para esse lugar mágico. Chegamos ao Vale do Alcantilado por volta de 12h. Ele está localizado na Estrada de Visconde de Mauá. Nossos amigos de outra vez já permaneceram por lá durante 7h. Tem muita cachoeira, muita gruta, muitos poços, mirantes e belezas cênicas infinitas. A entrada é R$ 24,00 e o parque conta com uma infraestrutura boa, é super bem cuidado, trilhas bem sinalizadas, com passarelas seguras, espaço com estacionamento e banheiros no início do percurso e ainda conta com uma pastelaria ótima.
Começamos a trilha indo até o topo do Alcantilado, na última “atração” e fomos parando nas demais conforme fomos voltando. A trilha é de nível médio de dificuldade. Ela é praticamente subida, com vários degraus e mata fechada. Não tivemos dificuldades para realizar o percurso, achamos que o cansaço se deu mais pelo tamanho da trilha: ficamos 5:30h no parque.
Depois de descer todo o caminho, paramos na pastelaria do Alcantilado e ganhamos várias provinhas de cachaças locais de muitos sabores!
Pegamos o carro que ficou parado no estacionamento local e voltamos em 3:30h ao Rio de Janeiro.
Quando ir para Visconde de Mauá
Visconde de Mauá e seus arredores são ótimos destinos para o ano inteiro. No verão, como nós fomos, é melhor para visitar as cachoeiras porque, além do clima estar mais favorável para encarar o frio das águas, é a época de chuvas e os poços ficam mais cheios. No inverno, o clima ficar hiper agradável e é ótimo curtir as pousadas charmosas da região e os restaurantes muito deliciosos. Recomendamos passear pela alameda gastronômica de Maringá.
Onde ficar em Visconde de Mauá
Nos hospedamos na Pousada da Carmen por recomendação da Adriana e do Hugo. Eles já haviam tido uma ótima experiência e não tiveram dúvidas na hora de reservar. A pousada é familiar, o atendimento foi impecável, as suítes são confortáveis e o café da manhã é incrível! Tudo feito na hora, produção local: pão de queijo caseiro, bolos e pães caseiros fresquinhos, granola e iogurte artesanal, panquecas de massa bem fininha, doces em calda de goiabada, queijos, FOCACCIA… sur-real. A diária da suíte foi R$ 220,00 com esse café maravilhoso incluso.
Pousada da Carmem, Maromba – fonte
Também visitamos o espaço comum da Pousada Casa Bonita, achamos uma delícia e acreditamos que também deve ser uma estadia maravilhosa.
Resumo de gastos para você programar um final de semana como o nosso perto de Visconde de Mauá:
- Pousada: R$ 220,00 a diária, com café da manhã incluso (R$110,00 para cada um)
- Gasolina e pedágios: gastamos quase um tanque em todo o percurso e dividindo o valor por 4 ficou R$40,00 para cada com os pedágios.
- Almoço: não almoçamos no primeiro dia porque queríamos otimizar ao máximo o tempo nas cachoeiras. Levamos lanches e sanduíches que preparamos em casa com o que já tínhamos. No segundo, paramos para um lanche na pastelaria do Alcantilado e a conta deu em torno de R$ 20,00 para cada um.
- Jantar: a conta do Cogumelo Bistrô deu R$ 80,00 para cada, estávamos exaustos e famintos, então pedimos tudo que tinha direito. Mas dá para ser mais controlado rs.
- Atrações: R$ 35,00 da entrada da Serrinha do Alambari e R$ 24,00 do Vale do Alcantilado. As demais não tem valor de entrada.
TOTAL: R$ 314,00, para cada um.
Dicas para sua viagem!
Você sabia que você pode ajudar nosso blog com uma pequena comissão toda vez que reserva pelos nossos links? Assim a gente consegue se manter e trazer cada vez mais dicas para vocês!
Reserve seu hotel pelo Booking.com
ou então ganhe R$130 de desconto na primeira reserva do Airbnb (e R$49 de desconto numa experiência)
Não esqueça o seguro viagem, nós indicamos o Seguros Promo
e ganhe 5% de desconto com o código SEATBYTHEWINDOW
Vai fazer uma roadtrip? Sempre buscamos o melhor preço de aluguel de carros no Rentcars.com
Não deixem de seguir nosso instagram, para ficar sabendo de tudo que estamos fazendo por aí
Pingback: Saco do Mamanguá - O que fazer, como chegar, onde ficar nesse paraíso de Paraty - By the Window Blog