Ilhas Faroé – Roteiro 5 dias de carro com valores

A primeira pergunta que deve estar passando pela cabeça de vocês provavelmente é: Mas onde ficam as Ilhas Faroé? E depois: Mas como vocês descobriram e decidiram ir para um lugar desses?
Então lá vai: as Ilhas Faroé (ou Feroe) são protetorado da Dinamarca, mas tem sua autonomia. Estão situadas entre a Escócia e a Islândia e aí está a resposta para a segunda pergunta! Enquanto fazíamos a pesquisa e o planejamento da viagem para a Islândia, procuramos outros destinos próximos que poderíamos ir. Logo nos deparamos com fotos hipnotizantes dessas remotas ilhas e foi o suficiente para nos convencer a incluir nos nossos planos. Afinal, amamos lugares pouco desbravados. 

A maior atração de Faroé é sua natureza fantástica! É absurda a quantidade de paisagens incríveis e os faroeses gostam de explorá-la da melhor forma: caminhando por trilhas. Não à toa, produziram um guia nacional de hiking. Existem lugares tão intocados nas Ilhas Faroé, que até 10 anos atrás eram acessados apenas a pé, acreditam? Em uma destas regiões tem um vilarejo em que só vivem 18 habitantes!

Bom, o fato é que as Ilhas são bem conhecidas por uma questão polêmica: existe uma tradição centenária de caça às baleias piloto que até hoje é uma atividade nacional legal. Não posso deixar de comentar porque foi algo que inclusive me fez pensar em recuar da decisão de ir. Há quem defenda o boicote a Faroé como forma de pressionar à favor da proibição da caça. Acredito que ir ao país não significa compactuar ou apoiar a prática de maneira alguma. Existem práticas cruéis contra animais (e seres humanos!) em muitos destinos, inclusive no próprio Brasil! Defendo que isso não anula, no entanto, tantos outros ricos aspectos culturais que valem a pena serem conhecidos independentemente.

Foi a excentricidade da paisagem e da cultura das Ilhas Faroé que me levaram até lá. E como valeu a pena! Ainda há boatos (bem verdadeiros) de que existem mais ovelhas do que humanos por lá. Não à toa que “Faroé” na língua local (feroês) significa literalmente “ilha das ovelhas”.

 

Reforçamos que é um destino que precisa de muita programação e planejamento para otimizar o roteiro! Apesar de ser um país pequeno, a maioria das “atrações” de Faroé são trilhas. Isso toma muito tempo, claro. Além disso, os pontos de interesse estão bem distantes. Logo, também toma-se tempo se deslocar de carro de um ao outro. Considerem isso ao organizar a viagem! É essencial, por exemplo, saber o tempo médio das trilhas que pretendem fazer. Existem várias de 4 a 5h ida e volta. Colocar uma margem de segurança de tempo é importante para depois não acabar perdendo outra atração.

Resumo:

Dia 1: Do aeroporto às ilhas do Norte
Dia 2: Ilhas do Norte
Dia 3: A capital, Tórshavn
Dia 4: Vagar e arredores
Dia 5: Saksun e Ilhas do sul 

Como chegar nas Ilhas Faroé

Existe apenas uma companhia aérea que opera em Faroé, a Atlantic Airways. Pois é, não existe concorrência e portanto o valor das passagens não são lá muito convidativos. Mas vale a pena investir para descobrir esse tesouro. Não há voo direto do Brasil, a maioria dos voos da Atlantic Airways partem de Copenhague, cidade com a maior oferta de voos por dia e de onde recomendamos fazer a ponte para ir e voltar. Pelo site da companhia é possível ver as outras opções de voos (no verão operam em mais cidades do que o usual).

Estávamos numa eurotrip e como dissemos nosso destino anterior foi Islândia, de onde existem voos diretos para as terras faroesas. Porém só uma opção por dia. Por isso, preferimos não arriscar de o voo ser cancelado e ficarmos ilhados. Voamos da Islândia para Copenhagen e seguimos na Atlantic Airways.

Para quem quiser uma forma mais aventureira de chegar, existe a opção de ir de ferrie. A companhiaé a  Smyril Line que sai a partir da Dinamarca numa travessia que dura por volta de 35 horas. 

Valores (em abril 2019):

  • Passagens Atlantic Airways ida e volta Copenhagen – Vagar: R$ 1.508,08‬ ou € 325,58 (por pessoa)
  • Média de preço de passagem ida e volta do Brasil (RJ) – Copenhagen: R$ 4.613,97, ou € 1032 (por pessoa)
Tórshavn, Ilhas Faroé

Melhor época nas Ilhas Faroé

Fomos em meados de Abril para Faroé. Apesar de termos achado o tempo ótimo (e dado sorte com alguns dias de sol, o que costuma ser raro), temos certeza que você aproveitará melhor o arquipélago por completo se for ao verão (de maio a agosto). A razão é o simples fato de que há lugares (algumas das ilhas) que em qualquer outra época do ano ficam inacessíveis. Passeios (principalmente os de barco) que só são oferecidos no verão. Não fomos por exemplo à ilha de Mykines, a famosa ilha dos puffins (ou papagaios do mar). Julgamos ser um dos pontos altos da viagem e gostaríamos muito de ter ido, mas só está aberta à visitação a partir de maio.

E se alguma vez na vida gostaria de voar de helicóptero, aproveite porque lá pode ser a sua oportunidade! Esse é o tipo de transporte público, digamos assim, de acesso à algumas das ilhas. Nesses casos, tem que se fazer a ida de barco e a volta de helicóptero ou vice-versa.

E veja bem: no verão existe um festival de música no qual alguns dos concertos acontecem dentro de grutas que são acessadas por via marítima, não é demais? Ficamos apaixonados pela ideia e a vontade de voltar somente para esse evento é enorme, rs. A paisagem também fica extremamente diferente dependendo da época que visitar, claro. No inverno tudo coberto de neve, nas meias estações a grama fica com o verde ainda apagado (o caso de Abril, quando fomos). No verão, é um show de grama verdinha para todo o lado. 

Percorrendo as Ilhas Faroé de Carro

Existem poucas agências de viagem que oferecem pacotes nas Ilhas Faroé, mas pelo que pesquisamos os passeios parecem bem completos. Apesar de não termos visto nenhuma bicicleta nas estradas, achamos que poderia ser uma excelente opção (para o verão) apesar das muitas subidas e descidas das estradas. Mas bem, no final das contas, optamos por alugar um carro e ter maior liberdade com o nosso cronograma e horários.  

Como de praxe quando alugamos carros, não economizamos no seguro: fizemos o mais completo possível, até porque íamos percorrer muitos e muito quilômetros de estrada. Escolhemos um carro à diesel e foi definitivamente a melhor coisa que fizemos, já que esse combustível é consumido mais lentamente e o valor dele é mais barato do que o da gasolina.

Pegamos nosso carro no aeroporto, pela locadora Avis. Reserve com antecedência para garantir que ainda tenha disponibilidade. A oferta é limitada em Faroé e imaginamos que principalmente na alta temporada deve ser bem disputado.

Sobre estacionamento, tiveram raros os lugares que precisamos pagar. Por exemplo, no dia que visitamos a capital e paramos em um estacionamento por várias horas enquanto percorremos tudo a pé. 

Sobre os postos de gasolina: não são todos que estão abertos 24h e que tem “loja de conveniência” onde pode ser feito o pagamento em dinheiro. Estávamos evitando usar o cartão de crédito e levamos o dinheiro em espécie. Por isso, abastecer tinha que ser bem programado, não dava para ir a noite se não teríamos de pagar no cartão. Se você vai devolver seu carro de manhã cedo no aeroporto e quer pagar o combustível em dinheiro, por exemplo, é preciso se organizar bem. É bom abastecer no dia anterior e de preferência não usar o carro depois. Outro ponto para se atentar é que a ilha onde está o aeroporto é afastada da capital. Se você se hospedar na capital é preciso calcular esse fator combustível / deslocamento.

Valores (em abril 2019):

  • Aluguel carro para 5 dias com seguro completo pela Rentcars: € 484.29
  • Média de gasto com Diesel para rodar 1.800 km em 5 dias: R$ 143,17 

Estradas nas Ilhas Faroé

As estradas no geral são super tranquilas e bem confortáveis de percorrer. Existem alguns trechos nos lugares mais remotos que não são pavimentados, não têm iluminação e não há como negar que existem muitas e muitas subidas e descidas.

Mas bom, a “atração” principal das estradas são três dos túneis (dois ao norte e outro nas ilhas do sul) nos quais existe apenas 1 via de passagem e ela é MÃO DUPLA. EXATO. Como faz? Existem baias nas quais um carro encosta enquanto o outro sentido segue, de acordo com a prioridade de cada faixa. Mas isso nem é a parte mais aventureira! O principal desses túneis, além dessa questão de via única, é que eles não possuem iluminação! É PRECISO ILUMINAR SEU CAMINHO COM O FAROL DO CARRO. Aqui pelos nossos stories no instagram vocês conseguem conferir um pouquinho do que foi essa aventura. E nesse vídeo tem as indicações de como atravessar esses túneis.

Existem túneis subaquáticos que tem pedágio. As grande locadoras (não procuramos saber se isso procede também com locadoras menores) estão se responsabilizando automaticamente pelo pagamento desses pedágios e cobram uma pequena taxa de administração para isso. Deixar a critério dos turistas estava dando problema problema com multas de pedágios não pagos e por isso parou de ser uma alternativa. E sinceramente, achamos que de todos modo é melhor deixar isso a cargo da locadora, porque é mesmo confuso.

No site oficial de turismo das Ilhas Faroé, o Visit Faroe (que foi uma das nossas maiores fontes de informação ao programar a viagem) existem as regras das estradas detalhadamente, vale a pena conferir.

E por último, é sempre bom estar atento e dirigir com cuidado porque ovelhas, que afinal dominam mesmo as ilhas, podem aparecer no meio das estradas a qualquer momento, rs.

Documentação e Moedas

Brasileiros não precisam de visto para visitar as Ilhas Faroé, esteja apenas com o seu passaporte em dia. É extremamente recomendado fazer o seguro viagem (em qualquer viagem internacional, né pessoal).

Além disso, se você vai fazer o roteiro de carro como nós fizemos, irá precisar da sua carteira de habilitação internacional, mas é bem simples. Prazos e valores variam de cidade para cidade. No Rio de Janeiro, o esquema foi o seguinte: pagar um DUDA no site do Detran (R$ 144,68 em abril de 2019) e ela será entregue entre 1 e 3 dias úteis. A carteira é válida por 3 anos.

Sobre as moedas, fizemos o câmbio de real para coroa dinamarquesa no Brasil mesmo, na DG Cambio Turismo. A coroa dinamarquesa é aceita nas Ilhas Faroe, mas as coroas faroesas não são aceitas na Dinamarca. Logo, todo o troco que receber nas Ilhas (por mais que pague com a coroa dinamarquesa, te devolvem na faroesa) é melhor ser usado nas Ilhas, para facilitar questões cambiais depois.

Internet no Celular

Usamos o chip da EE que compramos em Londres praticamente em todos os lugares que passamos nos destinos europeus anteriores. Porém, as Ilhas Faroé não fazem parte da União Européia e portanto nossos chips não funcionaram. Compramos outro bem simples no aeroporto de Vagar, somente para termos segurança de poder ligar em caso de alguma emergência. Como estávamos em uma roadtrip, o GPS e acesso à informações sobre os lugares também eram sempre bem vindas durante o percurso. Apenas nas estradas mais remotas onde realmente não existia sinal de nenhuma operadora é que não tivemos acesso à internet. Já contando que passaríamos por essas situações, baixamos o mapa offline, no google maps e então contamos com eles quando perdíamos o sinal de GPS.

Hospedagem nas Ilhas Faroé

Na primeira noite em Faroé, ficamos mais ao norte para no dia seguinte já estarmos situados estrategicamente e explorar esta região. O Gjáargardur é simples mas nos atendeu bem para o que queríamos. Tivemos o café da manhã incluso o que foi essencial já que não teríamos como nos preparar no dia que chegamos. Uma observação importante: como o vilarejo é pequeno, a recepção do hotel não está acostumada a receber pessoas tarde a noite ou de madrugada. Não funcionam 24h. Chegamos por volta das 22h e a recepcionista já estava encerrando as atividades. É válido ligar ou mandar email se for chegar muito tarde e reforçar essa situação para não correrem o risco de não conseguir fazer o check in.

Posteriormente preferimos alugar um airbnb em Argir, que é muito próximo da Tórshavn, a capital (20min a pé). Gostamos muito de aproveitar as viagens como se fossemos locais, e achamos que estar em um apartamento sempre traz um pouco dessa sensação.

Outras boas opções para hospedagem em Faroé são os motorhomes. Existem lugares específicos para parar (como também é possível verificar pelo Visit Faroe) e é ainda mais libertador do que percorrer de carro. 

Fizemos uma das nossas reservas pelo Booking. Se você fizer a reserva pelo booking pelo link disponível aqui, nada muda para você e você ainda ajuda o blog com uma pequena comissão, para que possamos nos manter! Caso você prefira, também pode alugar pelo Airbnb, e se for sua primeira reserva, você ganha desconto clicando aqui!

Valores:

AEROPORTO DE VAGAR - GJÓGV

Dia 1 – Roteiro de 5 dias nas Ilhas Faroé de carro

Chegamos quase em um final de tarde nas Ilhas Faroé. Levamos algumas horas para resolver o carro, buscar informações turísticas no aeroporto e comprar um novo chip de celular. Eles disponibilizam dois guias oficiais de turismo muito bons e completíssimos gratuitamente nos postos dentro do aeroporto. Aproveitamos também para comprar cervejas locais no freeshop onde os preços são melhores.

O tempo estava bem típico de Faroé como dizem: com muito vento e nevoeiro, o que já pudemos ver bem do avião. Pegamos o carro e seguimos por mais ou menos 1:30h de estrada até nossa estadia em uma ilha bem ao norte, Gjógv. A neblina e a escuridão que chegava nos fizeram tomar mais cuidado, porque nas estradas mais remotas não há MESMO nenhuma iluminação pública. Tomávamos ainda mais ao ver os olhos das ovelhas brilhando com o farol (bem assustador, rs).

Seria interessante aproveitar o percurso se tivéssemos conseguido chegar mais cedo, mas com o caminho todo mal iluminado mal pudemos ver aonde havíamos acabado de chegar, rs.

Valores – DKK (em abril 2019) 1 DKK = R$ 0,60:

  • Pack com 6 cervejas Föroya Bjór no freeshop do aeroporto – 89 dkk
Ilhas Faroé

Norte das Ilhas Faroé

Dia 2 – Roteiro de 5 dias nas Ilhas Faroé de carro

Acordamos com calma e seguimos ao extremo norte, mais precisamente para o nordeste. Percorremos o máximo que conseguimos fazer de carro, até a cidade de Viðareiði. Para chegar até lá, passamos por dois dos túneis de mão única que comentamos no tópico das estradas. Com um pouco de ansiedade, atravessamos! O melhor jeito de conhecer cada cantinho de lá, seria por trilhas. Subir as montanhas por uma das trilhas indicadas no guia de caminhadas oficial e conseguir avistar tudo do topo. Mas, o dia estava bem nublado e pensamos que poderia ser má ideia subir e depois não conseguir avistar nada.

O que fizemos foi voltar, em direção ao sul da ilha, e parar nas cidades que achávamos mais fofas. Quando chegamos em Klaksvík (segunda maior cidade de Faroé), paramos estrategicamente no café Frida para almoçar e não poderíamos ter escolhido melhor, estava tudo incrível.  

De Klaksvík saem barcos para a remota e bela ilha de Kalsoy. Nela é possível admirar lindíssimas paisagens a partir das formações rochosas bem peculiares e encontrar lá pelo meio um pequeno e charmoso farol que contrasta muito bem em meio as “ondas” de grama que cobrem as rochas. Na maior cidade de Kalsoy, Mikladalur, está uma escultura de sereia, o símbolo da lenda super popular dinamarquesa e o motivo que leva quase todos os turistas a esta pequena vila/cidade.

Apesar de toda essa descrição, não estivemos na ilha por um simples fato chamado: mal tempo. Pois bem. A ilha estava coberta por muita neblina o que torna o passeio acima de tudo perigoso. Kalsoy possui muitos penhascos, o que é lindo, mas em meio a neblina caminhar por esse tipo de lugar pode levar a graves acidentes. Tristes, porém conformados, seguimos até até a nossa estadia em um airbnb na cidade de Argir, ao lado da capital. 

Aproveitamos a volta para fazermos compras no mercado com calma, (viagem mochilão sem glamour, rs). Fomos à rede mais econômica, Bónus, a mesma que fizemos compras na Islândia. Os preços para o padrão de valores do país estava ok – pagamos nas compras para 4 dias para 2 pessoas praticamente o mesmo valor do nosso almoço, loucura! 

Valores – DKK (em abril 2019) 1 DKK = R$ 0,60:

  • Almoço para 2 pessoas no Frida café, Klaksvík – 333,00 dkk
  • Compras no supermercado Bónus para 2 pessoas por 4 dias – 367,90 dkk

Tórshavn, Capital das Ilhas Faroé

Dia 3 – Roteiro de 5 dias nas Ilhas Faroé de carro

O dia estava nublado e por isso escolhemos conhecer a capital ao invés de fazer trilhas. Tórshavn é a menor capital européia e é encantadora! Paramos o carro em um grande estacionamento perto do porto da cidade e ao lado já tinha uma icônica loja de design faroesa para explorar, a öström. Como a cidade é realmente muito pequena, percorremos tudo a pé: fomos do porto ao centro histórico e a parte de Tinganes, locais dos ministérios; visitamos a catedral que tem ares de navio, toda em madeira.

Depois caminhamos até a Galeria Nacional que é um pouco mais afastada para conferir a arte local e nos admiramos com as obras e com a arquitetura. Passamos por lojas (preciso ressaltar a Gudrum Gudrum  de roupas com lã faroesa e design impecável, infelizmente inacessível para a gente, rs), cafés deliciosos e livrarias. Paramos para comprar chocolates faroeses na imperdível Gomagott e depois voltamos para mais perto da área do porto, para ver a fortaleza e o farol da cidade.

Para fechar, apesar dos preços serem altos, resolvemos experimentar um pouco da culinária local em um restaurante (coisa que não fizemos na Islândia): o Barbara, que faz parte de uma rede de restaurantes bem conceituada de Faroé. No fim das contas comemos MUITO, pedimos o menu degustação e ao todo comemos por volta de 6 pratos cada um, então valeu a pena.

Valores – DKK (em abril 2019) 1 DKK = R$ 0,60:

  • Menu degustação no Barbara, Tórshavn – 350 dkk (por pessoa)
  • Estacionamento por 8h em Tórshavn – 40 dkk

Sul das Ilhas Faroé: Vágar

Dia 4 – Roteiro de 5 dias nas Ilhas Faroé de carro

Finalmente o sol apareceu e pudemos aproveitar para fazer a nossa primeira trilha e pelo emblemático lago de Sørvágsvatn. Famoso por ilusão de ótica, aparenta estar uma centena de metros acima do nível do mar de um certo ponto de vista, mas a verdade é que está há apenas algumas poucas dezenas. No último ano aparentemente o turismo em Faroé cresceu consideravelmente e nos deparamos com situações que antes não ocorriam como por exemplo pagar para fazer essa trilha.

O acesso agora é controlado e alegam que a quantia é para fazer a manutenção do lugar. Não contestamos, pagamos a taxa de 200 dkk por pessoa. Porém esperamos que daqui há algum tempo consigam montar uma infraestrutura de trilha (com caminhos mais acessíveis, banheiros, contenções de segurança, etc) que justifiquem o valor. A verdade é que não vimos nada de especial para alegar necessidade de manutenção. Opiniões à parte, o visual é deslumbrante e mesmo sem o discurso da manutenção teríamos pagado para ter o privilégio de ver esse lugar. Subimos até o ponto mais alto no final do lago, onde a tal ilusão de ótica acontece, aproveitamos para “almoçar com vista” um sanduíche, rs.  

Descemos, atravessamos o lago e vimos o que eu considero um dos lugares que mais me impressionou na viagem, talvez por ser inesperadamente lindo. Existe uma “fatia” de rocha no meio mar e o contraste dela com a cor da água, o barulho das ondas e o canto e voo dos pássaros entre a fenda é algo que nunca irei apagar da memória. Ficamos bons minutos contemplando e isso me fez sentir e guardar na memória o lugar com todo o meu corpo, não só com os olhos. Ficamos mais tempo do que prevíamos nessa trilha, mas achamos que valeu muito a pena. Somos adeptos de curtir o lugar com calma para realmente conseguir apreciar. 

Depois do lago, voltamos ao carro e seguimos para a cidade de Gásadalur, que conta apenas com 18 habitantes! Até 2012 esse lugar era acessado somente a pé ou de barco, dá para acreditar? Hoje é possível chegar de carro e para isso é necessário atravessar outro túnel daqueles de mão única, com o diferencial que esse pelo menos tem iluminação, ufa.

Nessa cidade está um dos grandes cartões postais das Ilhas Faroé: a cachoeira de Múlafossur. Permanecemos por lá bons minutos também, contemplando e trocando ideias com um fotógrafo amador inglês que esperava pelo pôr do sol para fotografar a cachoeira. A luz desse final de tarde foi incrivelmente memorável, a vontade era de não sair mais de lá. 

Existe outra trilha que também pensamos em fazer nesse dia, mas ela era muito longa e não daria tempo: trilha para ver mais de perto Drangarnir, uma rocha super cênica no meio do oceano. E pelo que conversamos com o inglês, essa trilha também passou a ser paga e o valor era bem alto, mas a justificativa é o difícil acesso e a necessidade de um guia para acompanhar. 

Valores – DKK (em abril 2019) 1 DKK = R$ 0,60:

  • Trilha lago Sørvágsvatn – 200 dkk (por pessoa)
Múlafossur, Ilhas Faroé
Múlafossur, Ilhas Faroé

Sul das Ilhas Faroé: Saksun

Dia 5 – Roteiro de 5 dias nas Ilhas Faroé de carro

No nosso último dia de passeios pelas Ilhas Faroé, acordamos mais tarde. Estávamos bem cansados de uma maratona de dias e dias e viagem (inclusive dos outros destinos anteriores) pela estrada e acordando muito cedo. Mais ou menos pelo fim da manhã, seguimos para fazer mais um trilha pela parte sul do país, na pequena cidade de Saksun.

Existem três grandes travessias partindo de Saksun para seguir a outra cidade, por cima de uma das montanhas que a envolvem. Pensamos em fazer por completo a menor delas, mas no fim das contas, subimos até o topo da montanha e depois descemos novamente por Saksun. Levamos 3:30h para fazer esse percurso e depois fomos ver a igrejinha da cidade. Seguimos de volta para o carro para a próxima parada que programamos, a cachoeira de Fossá. 

Incrível como as paisagens são tão mutáveis: vimos fotos da cachoeira na época de chuva e ela estava com muito volume de água. Nesse dia, chegando lá, a cachoeira estava com bem pouca água o que nos permitiu ver bem os 3 níveis da onde caem a água! É lindo se deparar com esse tipo de surpresa literalmente no meio da estrada.

O dia foi tranquilo, bem no ritmo que precisávamos! Voltamos, arrumamos a mala, e nos preparamos para acordar cedo, devolver o carro no aeroporto no dia seguinte e passar o dia conhecendo brevemente Copenhagen, de onde fizemos a nossa ponte para voltar ao Brasil.

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